Neste edifício existem diversas tipologias de apartamento que variam entre 25m² até 55m². Uma disposição racional destas unidades em uma mesma planta tipo que apenas se espelha ou rotaciona 180°, dependendo do andar, sobre um eixo central fixo de circulação vertical e dois átrios, deu ao prédio uma volumetria dinâmica criando cheios e vazios que se evidenciam através dos materiais de acabamento aplicados.
Este jogo de volume, resultado também do próprio formato de cada apartamento, fez com que a laje de cobertura de determinadas unidades se tornasse o terraço dos apartamentos superiores. Isso fez com que estes espaços externos tivessem sua independência, porém se comunicassem visualmente, proporcionando um relacionamento afetivo entre vizinhos.
A implantação do projeto se deu em meio a necessidade do programa versus a legislação vigente no local, visto que estamos dentro de uma área de envoltória que restringe a um gabarito máximo de 25m.
Com a ideia de devolver para a cidade um pouco de espaço verde, e que também a rua a ser implantado é estreita, o edifício foi empurrado para trás junto com seu fechamento, deixando livre toda a frente do lote aumentando inclusive a perspectiva do observador do térreo em relação ao prédio.
O desnível de frente existente na rua foi aproveitado para otimizar os acessos ao edifício levando os pedestres para o lado mais alto do terreno e os automóveis ficaram com o ponto mais baixo.
O estacionamento do edifício ficou no subsolo porém com abertura para o jardim frontal do lote formando um suave talude entre a calçada e o portão que faz o fechamento. Desta forma proporcionou-se luz natural e ventilação cruzada na garagem, já que o gradil de fechamento é vazado. Este mesmo gradil serviu para dar uma maior unidade ao volume inferior que se estende e vira o guarda-corpo do térreo, junto com a guarita que se camufla e vira parte da composição volumétrica da fachada.
Ano 2013 Área 3000m²